18.12.09

As sete razões que impediram o acordo global e sério

in: DN Globo
por JOÃO CÉU E SILVA

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A próxima fase de negociações ficou marcada para Bona, daqui a seis meses e antes da COP16, no México, no final do próximo ano. As metas de redução das emissões até 2020 serão decididas já em Janeiro.

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As sete razões que impediram o acordo global e sério
Acordo ambicioso
As Nações Unidas e a Dinamarca apostavam num Acordo de Copenhaga extremamente ambicioso, que fosse um passo muito à frente daquele que vigora desde 1997, o Protocolo de Quioto, que os EUA nunca o assinaram.
Tempo dos EUA
A actuação dos EUA face a Copenhaga foi mais complexa porque o seu timing não é o da Europa. Os EUA necessitavam de mais um ano para legislar no âmbito das alterações climáticas e enfrentar os poderosos interesses das empresas.
China pouco clara
É uma das mais importantes economias emergentes e não pretende que lhe sejam criados travões ao desenvolvimento. Principalmente, não aceitam as regras de transparência exigidas pelos EUA, o grande óbice na concertação, na medição das suas emissões por uma entidade exterior.

África contestatária

Os países africanos são os que mais têm a perder porque serão os primeiros a ser afectados, mas, mesmo assim, não aceitaram as regras do financiamento. Vão ganhar mais.
União Europeia morna
Teve um papel de grande liderança, mas na COP15 perdeu a força negocial perante os EUA e a China.
Brasil emergente
Assumiu-se como das maiores potências mundiais e influenciou até ao fim o texto. O "negócio" que fez com Obama deixa-o mal na América Latina mas bem na geopolítica.
Plenário indeciso
A ausência de uma mão forte por parte da presidência dinamarquesa e um processo de gestão decisório ultrapassado no tempo por parte das Nações Unidas abriram uma brecha na condução do processo. Ainda por cima permitiu a politização com a expulsão das ONG.

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