
in:Farol das Ideias
Os ministros do Ambiente da União Europeia estão reunidos para ultimarem a estratégia comum para a cimeira de Copenhaga. Ignora-se se será abordada a célebre proposta francesa, apresentada há tempos pelo ministro da Ecologia Jean Louis Barloo. A estratégia francesa passa por uma divisão entre 4 tipos de países e correspondente escalonamento quanto a responsabilidades.
Os países pobres, incluindo os países insulares ameaçados, seriam alvo de um apoio financeiro extenso por parte da comunidade internacional.
Países em desenvolvimento com um rendimento per capita (< 1 500 dólares) de menos de 1 500 dólares, incluindo a Índia, não teriam limites vinculativos de emissões mas adoptariam um programa de substituição das fontes carbónicas de energia com o apoio internacional.
A China teria de aprovar planos para reduções significativas a partir de 2030.
Finalmente, os países desenvolvidos teriam de reduzir as suas emissões carbónicas entre 25 e 40% daqui até 2020, mas com «alguma flexibilidade» em relação nomeadamente aos Estados Unidos.
Esta iniciativa não teve grande acolhimento nos outros parceiros europeus, mas poderá servir de orientação quando for chegada a hora dos compromissos.
Tudo está em saber se existe de facto um acordo político forte que possa envolver os EUA, por um lado, e a China por outro, com a satisfação dos países mais pobres em termos de assistência financeira. Um tal acordo poderia de facto ser importante— mesmo que não alcançando já o esboço de um protocolo mais ambicioso para substituir Quioto— e comprometer o conjunto das potências num processo que culminaria depois, ainda em 2010 de preferência, num desfecho mais «técnico» e pormenorizado.
Será assim? Ou até isto é agora optimismo? Veremos.
A História registará esta cimeira como um símbolo da incapacidade e ingovernabilidade da comunidade internacional à entrada do século XXI?
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