11.6.10
29.4.10
VENCEDORES DO CONCURSO “ESMIUÇAR COPENHAGA”
O tema das alterações climáticas foi objecto de um concurso aberto à participação dos portugueses.
“Esmiuçar Copenhaga”, promovido pela Agência Portuguesa de Ambiente, colocou aos participantes o desafio de apresentar num video-clip uma reflexão crítica sobre a Conferência de Copenhaga, cimeira internacional sobre alterações climáticas que decorreu de 7 a 18 de Dezembro de 2009 na Dinamarca.
Apresentaram-se a concurso 65 trabalhos do Escalão A (Escolas do ensino básico (3º ciclo) e escolas do ensino secundário e/ou profissional) e 52 do Escalão B (Outros: instituições de ensino superior, ONGA, municípios, cidadãos em geral).
O júri do Concurso, composto por elementos com competências de avaliação científica, jornalística, técnica e pedagógica dos trabalhos, foi o seguinte:
- Júlia Seixas – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
- Nuno Lacasta – Comissão para as Alterações Climáticas e Fundo Português de Carbono
- Ricardo Garcia – Jornalista do jornal Público
- Fernando Cascais – Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas
- Francisco Teixeira – Agência Portuguesa do Ambiente
Em reunião que decorreu a 15 de Abril de 2010 resultou a seguinte atribuição de prémios:
Escalão A
1º lugar – “O último impulso” - Escola EB 23 Monsenhor Miguel de Oliveira – Válega, concelho de Ovar (trabalho n.º A23)
2º lugar – “Um Planrta às Cores” - Escola EBI do Carregado – Carregado, concelho de Alenquer (trabalho n.º A38)
3.º lugar – “Esmiuçar Copenhaga” - Escola EB 23 e Sec. de Arcozelo – Arcozelo, concelho de Ponte de Lima (trabalho n.º 14)
Escalão B
1º lugar – "A verdade da Cimeira de Copenhaga" - Ana Raquel Santos Sousa; Ana Rita Abreu Fernandes; Mariana Abreu Cerqueira; João Miguel Soares Abreu; Miguel Álvaro Araújo Gomes - Vila de Pico de Regalados, concelho de Vila Verde (trabalho n.º B16)
2º lugar – “ Help me” - Anabela Farrica, Catia Chaveiro, Elisa Martins, Fabio Pires, Pedro Farrusco - Mora (trabalho n.º B1)
3.º lugar – "Esmiuçar Copenhaga - Muitas Ideias Poucas Soluções " - André de Freitas – Barcarena, concelho de Oeiras (trabalho n.º B19)
Menção Honrosa – “Fotografia de Família” – 5ºB da EBI de Forjães, concelho de Esposende (trabalho nºB11)
Todos estes trabalhos, assim como os restantes concorrentes ao escalão A e ao escalão B, podem ser revisitados online.
A cerimónia de atribuição de prémios decorrerá a 7 de Junho nas instalações pelas 15 horas.
20.2.10
18.2.10
União Europeia: redução de 20 a 30% até 2020
20%/30%
As part of a global and comprehensive agreement for the period beyond 2012, the EU reiterates its conditional offer to move to a 30% reduction by 2020 compared to 1990 levels, provided that other developed countries commit themselves to comparable emission reductions and that developing countries contribute adequately according to their responsibilities and respective capabilities.
Appendix I - Quantified economy-wide emissions targets for 2020
http://unfccc.int/home/items/5264.php
As part of a global and comprehensive agreement for the period beyond 2012, the EU reiterates its conditional offer to move to a 30% reduction by 2020 compared to 1990 levels, provided that other developed countries commit themselves to comparable emission reductions and that developing countries contribute adequately according to their responsibilities and respective capabilities.
Appendix I - Quantified economy-wide emissions targets for 2020
http://unfccc.int/home/items/5264.php
Acordo de Copenhaga
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4.2.10
Noticias sobre alterações climáticas em ionline
46% dos britânicos diz que não há provas que o aquecimento global seja provocado pelo Homem
Economia portuguesa poderá ser das mais afectadas pelo aquecimento global
15 cadeiras contra o aquecimento global
Estados insulares temem aquecimento global e pedem garantias
Conspiração ou erros no manual das alterações climáticas?
Alterações climáticas: cientista John Beddington pede honestidade nas previsões
ONU refuta teses cépticas do "Climategate"
Economia portuguesa poderá ser das mais afectadas pelo aquecimento global
15 cadeiras contra o aquecimento global
Estados insulares temem aquecimento global e pedem garantias
Conspiração ou erros no manual das alterações climáticas?
Alterações climáticas: cientista John Beddington pede honestidade nas previsões
ONU refuta teses cépticas do "Climategate"
Clima. A culpa é do homem. Qual é a dúvida?
Klaus Hasselmann provou a origem humana das alterações climáticas
Entrevista realizada por Enrique Pinto-Coelho, Publicado em 03 de Fevereiro de 2010
Formou-se em Física e Matemática mas é mais conhecido pelos trabalhos sobre as alterações no clima. Acaba de ser premiado em Espanha, pela Fundação BBVA, por "desenvolver métodos que estabeleceram que a actual tendência ao aquecimento global é atribuível, principalmente, à actividade humana", nomeadamente o fingerprinting (impressões climáticas) ou Método Hasselman, utilizado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU no seu último relatório.
Como funciona o fingerprinting?
É simples. Funciona do mesmo modo que um polícia quando consegue encontrar uma impressão digital concreta num conjunto de impressões. A meados da década de 1990, concluímos que a probabilidade de explicar o aquecimento observado ao longo dos últimos 30 anos através da variabilidade natural do clima era inferior a 5%.Afirma que "o comportamento humano está a mudar o clima".
Que dados lhe permitem chegar a essa conclusão?
A chave são os dados relativos à superfície terrestre - e não tanto as temperaturas oceânicas - porque são os registos mais antigos que temos. Mas também são importantes os dados sobre as distribuições da temperatura vertical e outros indicadores, como a extensão do gelo no Árctico, o nível do mar, a frequência das tempestades, etc. Contudo, nestes dados adicionais é mais difícil determinar a variabilidade natural dos níveis e demonstrar, com índices elevados de confiança estatística, que as mudanças observadas são de facto induzidas pelo homem.Também diz que "todo o mundo aceita, actualmente, que estamos em perigo porque estamos a mudar o clima".
Mas há legiões de cépticos do aquecimento global que rejeitam essa afirmação. Sente-se capaz de convencer os cépticos sem recorrer a números, só com palavras?
Na comunidade científica, ninguém tem dúvidas sérias sobre a origem humana das alterações climáticas. De facto, ninguém tinha dúvidas mesmo antes de os sinais serem estatisticamente detectáveis, porque os fundamentos físicos subjacentes são convincentes. A maioria dos cépticos age impelida por interesses corporativos e deve ter a mesma consideração que as pretensões iniciais da indústria do tabaco, quando afirmava que os perigos de fumar não são reais.
[O primeiro-ministro britânico] Gordon Brown acertou ao comparar os cépticos climáticos com aqueles que ainda crêem que a Terra é plana. Como se pode convencer estes incrédulos?
Não se pode, mas acabarão por desaparecer gradualmente.
Foi investido doutor honoris causa pela universidade britânica de East Anglia, sede da Climate Research Unit (CRU). Recentemente, vários cientistas de renome da CRU estiveram envolvidos no chamado Climategate. Que opinião tem deste assunto?
É outra mostra dos interesses criados para tentar debilitar a cimeira de Copenhaga com afirmações falsas. Conheço o grupo da CRU há muitos anos. São cientistas sérios e honestos que lidam com problemas difíceis. As pessoas que leram todos os emails da CRU confirmam que não há rasto de desonestidade mas sim muitas discussões sobre a interpretação dos dados, a origem dos possíveis erros, etc., como de facto acontece com qualquer investigação científica complicada. Infelizmente, os media muitas vezes dão uma cobertura entusiástica a estas acções mal-intencionadas porque animam o debate climático, que de outra forma seria aborrecido, com a repetição constante das mesmas conclusões científicas.A NASA acaba de divulgar novos dados sobre o aquecimento global que coincidem, no essencial, com dados prévios publicados pela CRU e outras instituições de topo.
Até que ponto são complementares ou contraditórios os diferentes métodos?
São muito semelhantes e complementam-se uns aos outros. É sempre bom ter vários grupos a olharem para o mesmo problema com ângulos ligeiramente diferentes, porque reforçam as conclusões finais, fornecem informação sobre a origem de alguns problemas e produzem estimativas de incertezas.O IPCC está a preparar um novo relatório . No relatório que está em vigor, de 2007, foram detectados vários erros. Acredita que a próxima versão será melhor?Estou reformado e não participo activamente no Quinto Relatório. Mas estou envolvido na interessante questão das interacções entre as mudanças climáticas e o sistema socioeconómico
. O que devemos fazer para combater as alterações? Tenho defendido, ao longo dos anos, que os cientistas climáticos, os economistas, os cientistas sociais e outros peritos devem envolver-se muito mais com os governantes e aconselhá-los nas políticas climáticas.Garante que as alterações podem ser resolvidas com tecnologia que já existe. Refere- -se apenas às energias renováveis ou contempla também soluções como a engenharia climática?Sim, temos a tecnologia. O problema climático pode ser resolvido com um custo a longo prazo de cerca de 1% do PIB - as estimativas mais pessimistas alertam que pode chegar a 4% do PIB. Em qualquer caso, é um seguro de vida caro mas aceitável para evitar os custos incertos, mas certamente muito maiores, das mudanças climáticas num cenário de inacção. Os custos das alterações climáticas devem ser avaliados do ponto de vista económico, mas também devem contar os efeitos sociais: as pressões migratórias, o aumento do risco de conflitos, o sofrimento dos mais pobres, etc.
in: iol
Entrevista realizada por Enrique Pinto-Coelho, Publicado em 03 de Fevereiro de 2010
Formou-se em Física e Matemática mas é mais conhecido pelos trabalhos sobre as alterações no clima. Acaba de ser premiado em Espanha, pela Fundação BBVA, por "desenvolver métodos que estabeleceram que a actual tendência ao aquecimento global é atribuível, principalmente, à actividade humana", nomeadamente o fingerprinting (impressões climáticas) ou Método Hasselman, utilizado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU no seu último relatório.
Como funciona o fingerprinting?
É simples. Funciona do mesmo modo que um polícia quando consegue encontrar uma impressão digital concreta num conjunto de impressões. A meados da década de 1990, concluímos que a probabilidade de explicar o aquecimento observado ao longo dos últimos 30 anos através da variabilidade natural do clima era inferior a 5%.Afirma que "o comportamento humano está a mudar o clima".
Que dados lhe permitem chegar a essa conclusão?
A chave são os dados relativos à superfície terrestre - e não tanto as temperaturas oceânicas - porque são os registos mais antigos que temos. Mas também são importantes os dados sobre as distribuições da temperatura vertical e outros indicadores, como a extensão do gelo no Árctico, o nível do mar, a frequência das tempestades, etc. Contudo, nestes dados adicionais é mais difícil determinar a variabilidade natural dos níveis e demonstrar, com índices elevados de confiança estatística, que as mudanças observadas são de facto induzidas pelo homem.Também diz que "todo o mundo aceita, actualmente, que estamos em perigo porque estamos a mudar o clima".
Mas há legiões de cépticos do aquecimento global que rejeitam essa afirmação. Sente-se capaz de convencer os cépticos sem recorrer a números, só com palavras?
Na comunidade científica, ninguém tem dúvidas sérias sobre a origem humana das alterações climáticas. De facto, ninguém tinha dúvidas mesmo antes de os sinais serem estatisticamente detectáveis, porque os fundamentos físicos subjacentes são convincentes. A maioria dos cépticos age impelida por interesses corporativos e deve ter a mesma consideração que as pretensões iniciais da indústria do tabaco, quando afirmava que os perigos de fumar não são reais.
[O primeiro-ministro britânico] Gordon Brown acertou ao comparar os cépticos climáticos com aqueles que ainda crêem que a Terra é plana. Como se pode convencer estes incrédulos?
Não se pode, mas acabarão por desaparecer gradualmente.
Foi investido doutor honoris causa pela universidade britânica de East Anglia, sede da Climate Research Unit (CRU). Recentemente, vários cientistas de renome da CRU estiveram envolvidos no chamado Climategate. Que opinião tem deste assunto?
É outra mostra dos interesses criados para tentar debilitar a cimeira de Copenhaga com afirmações falsas. Conheço o grupo da CRU há muitos anos. São cientistas sérios e honestos que lidam com problemas difíceis. As pessoas que leram todos os emails da CRU confirmam que não há rasto de desonestidade mas sim muitas discussões sobre a interpretação dos dados, a origem dos possíveis erros, etc., como de facto acontece com qualquer investigação científica complicada. Infelizmente, os media muitas vezes dão uma cobertura entusiástica a estas acções mal-intencionadas porque animam o debate climático, que de outra forma seria aborrecido, com a repetição constante das mesmas conclusões científicas.A NASA acaba de divulgar novos dados sobre o aquecimento global que coincidem, no essencial, com dados prévios publicados pela CRU e outras instituições de topo.
Até que ponto são complementares ou contraditórios os diferentes métodos?
São muito semelhantes e complementam-se uns aos outros. É sempre bom ter vários grupos a olharem para o mesmo problema com ângulos ligeiramente diferentes, porque reforçam as conclusões finais, fornecem informação sobre a origem de alguns problemas e produzem estimativas de incertezas.O IPCC está a preparar um novo relatório . No relatório que está em vigor, de 2007, foram detectados vários erros. Acredita que a próxima versão será melhor?Estou reformado e não participo activamente no Quinto Relatório. Mas estou envolvido na interessante questão das interacções entre as mudanças climáticas e o sistema socioeconómico
. O que devemos fazer para combater as alterações? Tenho defendido, ao longo dos anos, que os cientistas climáticos, os economistas, os cientistas sociais e outros peritos devem envolver-se muito mais com os governantes e aconselhá-los nas políticas climáticas.Garante que as alterações podem ser resolvidas com tecnologia que já existe. Refere- -se apenas às energias renováveis ou contempla também soluções como a engenharia climática?Sim, temos a tecnologia. O problema climático pode ser resolvido com um custo a longo prazo de cerca de 1% do PIB - as estimativas mais pessimistas alertam que pode chegar a 4% do PIB. Em qualquer caso, é um seguro de vida caro mas aceitável para evitar os custos incertos, mas certamente muito maiores, das mudanças climáticas num cenário de inacção. Os custos das alterações climáticas devem ser avaliados do ponto de vista económico, mas também devem contar os efeitos sociais: as pressões migratórias, o aumento do risco de conflitos, o sofrimento dos mais pobres, etc.
in: iol
3.2.10
Eurodeputado considera insuficientes propostas para reduzir emissões
A União Europeia comprometeu-se a reduzir as suas emissões em 20 por cento, até 2020
Foto: Victor Fraile/Reuters
Os compromissos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) que os vários países apresentaram às Nações Unidas, no âmbito do Acordo de Copenhaga, são "insuficientes" para limitar o aumento da temperatura a 2ºC, afirmou hoje o presidente da Comissão de Ambiente do Parlamento Europeu.
"Precisamos de enormes melhorias relativamente ao nível e à qualidade das medidas para proteger o clima até à próxima conferência marcada para o México, em Novembro e Dezembro de 2010", alertou o eurodeputado socialista alemão Jo Leinen, em comunicado.Os países tinham até 31 de Janeiro para apresentar junto das Nações Unidas os seus compromissos climáticos.Segundo as informações obtidas por Leinen, "os principais actores notificaram os seus objectivos", mas "não há modificações em relação aos seus anúncios".Os Estados Unidos confirmaram a intenção de reduzir em dez anos as suas emissões em "cerca de 17 por cento" em relação aos níveis de 2005, o que representa uma redução de três por cento em relação aos níveis de 1990, ano de referência.O Canadá alinhou os seus objectivos pelos norte-americanos: 17 por cento em relação aos níveis de 2005, ou seja, três por cento em relação a 1990.A União Europeia comprometeu-se a reduzir as suas emissões em 20 por cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, e abre a porta a uma redução de 30 por cento "na condição de outros países desenvolvidos se comprometerem com reduções comparáveis".
A Comissão Europeia não fará comentários enquanto a ONU não publicar os compromissos, mas o executivo de Bruxelas deverá apresentar aos Estados-membros um aviso sobre a comparabilidade das ofertas.Tendo em conta os anúncios feitos pelos países desenvolvimentos, a Comissão entende que "não estão reunidas as condições para que a UE eleve a sua oferta aos 30 por cento".Jo Leinen considera, apesar disso, que a UE "deve comprometer-se, unilateralmente, a elevar o seu esforço de redução a 30 por cento para relançar a dinâmica das negociações sobre o clima".
in:publico.pt- ecoesfera
2.2.10
Acordo de Copenhaga: 55 países já apresentaram os seus objectivos para 2020
Ao todo foram 55 os países que apresentaram os objectivos de redução das suas emissões de gases com efeito de estufa, no âmbito do acordo de Copenhaga. De acordo com as Nações Unidas, estes países representam quase 80% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, mas o esforço ainda não é dificiente para limitar o aumento da temperatura a 2ºC.
Ao todo foram 55 os países que apresentaram os objectivos de redução das suas emissões de gases com efeito de estufa, no âmbito do acordo de Copenhaga. De acordo com as Nações Unidas, estes países representam quase 80% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, mas o esforço ainda não é suficiente para limitar o aumento da temperatura a 2ºC.
"Uma ambição mais forte é necessária para ultrapassar este desafio. Mas considero que estes compromissos testemunham claramente uma vontade de fazer evoluir as negociações", afirmou ontem Yvo de Boer, secretário executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCC).
No entanto, o UNFCCC, que conta 194 membros, não deu qualquer indicação sobre o número total de países que manifestaram a sua intenção de aderir ao acordo firmado em Copenhaga a 19 de Dezembro.
Além de países industrializados como os Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão ou Austrália, também os países emergentes, nomeadamente o Brasil, a China, a Índia e a África do Sul, dirigiram à ONU os seus objectivos de redução de emissões de gás com efeito de estufa até 2010.
Ainda assim, o esforço agora tornado público não é suficiente para conseguir alcançar um dos principais objectivos de Copenhaga: limitar o aquecimento médio do planeta a dois graus Celsius.
Raquel Martins (Jornal de Negócios)
Lusa
Ao todo foram 55 os países que apresentaram os objectivos de redução das suas emissões de gases com efeito de estufa, no âmbito do acordo de Copenhaga. De acordo com as Nações Unidas, estes países representam quase 80% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, mas o esforço ainda não é suficiente para limitar o aumento da temperatura a 2ºC.
"Uma ambição mais forte é necessária para ultrapassar este desafio. Mas considero que estes compromissos testemunham claramente uma vontade de fazer evoluir as negociações", afirmou ontem Yvo de Boer, secretário executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCC).
No entanto, o UNFCCC, que conta 194 membros, não deu qualquer indicação sobre o número total de países que manifestaram a sua intenção de aderir ao acordo firmado em Copenhaga a 19 de Dezembro.
Além de países industrializados como os Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão ou Austrália, também os países emergentes, nomeadamente o Brasil, a China, a Índia e a África do Sul, dirigiram à ONU os seus objectivos de redução de emissões de gás com efeito de estufa até 2010.
Ainda assim, o esforço agora tornado público não é suficiente para conseguir alcançar um dos principais objectivos de Copenhaga: limitar o aquecimento médio do planeta a dois graus Celsius.
Raquel Martins (Jornal de Negócios)
Lusa
Balanço da COP15 na Antena 1
O programa Antena Aberta, da Antena 1, analisou a Cimeira de Copenhaga: "A cimeira mais aguardada do ano a cimeira do clima terminou em fracasso rotundo - para uns para outros - o acordo conseguido na Dinamarca é melhor do que nenhum". Ouça aqui.
A Cimeira de Copenhaga e Consequências
Ponto de Encontro (28/01/2010). Lisboa enova
Orador: Francisco Ferreira
Moderador: José Delgado Domingos
Francisco Ferreira - Apresentação em pdf – 0.75 Mb
Balanço da Cimeira- Quercus . RTP1
Orador: Francisco Ferreira
Moderador: José Delgado Domingos
Francisco Ferreira - Apresentação em pdf – 0.75 Mb
Balanço da Cimeira- Quercus . RTP1
Alterações Climáticas e Cooperação - Plataforma Portuguesa das ONGD
Apesar dos resultados da conferência COP15 de Copenhaga terem ficado muito aquém quer das expectativas da opinião pública, quer dos objectivos definidos pelos participantes, a presença de um representante da Plataforma Portuguesa das ONGD em vários dos eventos que decorreram no âmbito da cimeira permitiu estabelecer uma série de contactos importantes com diversas organizações e debater com muitas delas a importância que a Sociedade Civil deve ter, como uma dos agentes privilegiados de promoção do desenvolvimento sustentável, na adaptação/mitigação e combate às alterações climáticas.
Neste contexto, anexamos um documento em que se procura relevar a importância das ONGD como parceiros no debate sobre as alterações climáticas, fomentando a promoção de modelos de desenvolvimento adaptados ás novas realidades ambientais.
Pedro Cruz
Director Executivo - Plataforma Portuguesa das ONGD
Alteracoes_Climaticas_e_Cooperação - Plataforma_das_ONGD
Neste contexto, anexamos um documento em que se procura relevar a importância das ONGD como parceiros no debate sobre as alterações climáticas, fomentando a promoção de modelos de desenvolvimento adaptados ás novas realidades ambientais.
Pedro Cruz
Director Executivo - Plataforma Portuguesa das ONGD
Alteracoes_Climaticas_e_Cooperação - Plataforma_das_ONGD
27.1.10
Alterações Climáticas - pós Copenhaga
Comunicação de Júlia Seixas no Seminário Eco-Escolas 2010. 22 de Janeiro. Coimbra.
Pos-Copenhaga Julia Seixas
Pos-Copenhaga Julia Seixas
26.1.10
A Declaração de Copenhaga por Adriano Moreira
Mais uma vez o passo dado na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de Copenhaga é decepcionante em relação às esperanças semeadas pela prévia campanha mobilizadora da opinião pública mundial. De novo o anunciado multilateralismo ficou reduzido a um escasso número de decisores, com a reserva inspirada pelas dúvidas sobre a real capacidade dos que, neste como em outros casos, são admitidos a tomar parte no anúncio de que participam nessa dignidade directora. A linguagem cuidada do angustiado secretário-geral da ONU, que não perde de vista salvaguardar a imagem da organização acima dos parcos resultados das iniciativas, adoptou o modelo mobilizador dos discursos eleitorais de Obama, e, omitindo usar a célebre, mas neste caso descabida, expressão - Yes, we can - concluiu afirmando "selamos o acordo". A designação do texto final, e a sua natureza, é uma das inquietações assumidas pelos que esperavam a consagração por tratado de uma política responsável nesta matéria. Independentemente das opiniões esperadas e não constantes das parcas intervenções do Presidente dos Estados Unidos, conviria avaliar as circunstâncias da forma jurídica assumida pela resolução final da conferência. As declarações, em si, não significam neces- sariamente falta de consistência das vontades políticas, antes poderão servir melhor uma época de incertezas, porque a sua maleabilidade abre caminho ao reajuste das políticas sem embaraços formais ou constitucionais. O processo de Bolonha está apoiado não em Tratado, mas em declaração. Mas o caso é diferente quando os factos apontam para as dificuldades que os chefes de Estado ou de Governo teriam para fazer aprovar nos seus legislativos o tratado que tivessem assumido. A batalha que o Presidente Obama teve para conseguir a aprovação da sua política na área da saúde, não anunciava que lhe fosse oportuno assumir uma nova batalha numa área em que os interesses instalados são poderosíssimos, e talvez não alheios ao facto de as divulgadíssimas conclusões científicas estarem a ser objecto de contestações audaciosas. Talvez estejamos numa área em que os discursos para a eleição deparam com a resistência das estruturas herdadas.
Outra nota que requer a atenção dos europeus resulta da limitada influência demonstrada pela voz da Europa na conferência em que, com suavidade semântica, "todos os governos concordaram em trabalhar no sentido de alcançar o objectivo comum a longo prazo de limitar o aumento da temperatura mundial a menos de 2.ºC, muitos governos assumiram compromissos importantes em relação à redução das emissões, registaram-se progressos significativos por parte dos países no que se refere à preservação das florestas, e os países concordaram em prestar um apoio substancial aos países mais vulneráveis para os ajudar a fazer face às alterações climáticas". Nesta síntese estão duas referências inquietantes quanto às convicções e propósitos dos responsáveis políticos, uma que diz respeito ao horizonte temporal, outra que respeita à ajuda aos povos mais vulneráveis. Anunciar a intenção de alcançar o objectivo comum a longo prazo, assenta na convicção de que os Estados mais poderosos imaginam ter à sua disposição um tempo a perder, e sem referência de limite, que as advertências científicas e éticas não apoiam. No que toca à ajuda aos povos mais vulneráveis, parece uma referência absolutória que tenta ignorar a exigência de uma perspectiva global, a qual não consente reservar liberdades aos mais poderosos, em atitude soberanista, como se os efeitos negativos não fossem um negativo património de todos os povos. Tomando boa nota de que a voz da Europa teve limitada audiência na conferência, um aviso sobre as suas dependências externas e debilidades internas, a única conclusão verdadeiramente consistente, tomada por analistas dos trabalhos, é que não pode adiar-se a transformação das vagas promessas de Copenhaga " em algo que seja real, mensurável e verificável" a tempo. Tudo porque a única coisa que podemos fazer com o tempo é não o perder.
in: DN
Outra nota que requer a atenção dos europeus resulta da limitada influência demonstrada pela voz da Europa na conferência em que, com suavidade semântica, "todos os governos concordaram em trabalhar no sentido de alcançar o objectivo comum a longo prazo de limitar o aumento da temperatura mundial a menos de 2.ºC, muitos governos assumiram compromissos importantes em relação à redução das emissões, registaram-se progressos significativos por parte dos países no que se refere à preservação das florestas, e os países concordaram em prestar um apoio substancial aos países mais vulneráveis para os ajudar a fazer face às alterações climáticas". Nesta síntese estão duas referências inquietantes quanto às convicções e propósitos dos responsáveis políticos, uma que diz respeito ao horizonte temporal, outra que respeita à ajuda aos povos mais vulneráveis. Anunciar a intenção de alcançar o objectivo comum a longo prazo, assenta na convicção de que os Estados mais poderosos imaginam ter à sua disposição um tempo a perder, e sem referência de limite, que as advertências científicas e éticas não apoiam. No que toca à ajuda aos povos mais vulneráveis, parece uma referência absolutória que tenta ignorar a exigência de uma perspectiva global, a qual não consente reservar liberdades aos mais poderosos, em atitude soberanista, como se os efeitos negativos não fossem um negativo património de todos os povos. Tomando boa nota de que a voz da Europa teve limitada audiência na conferência, um aviso sobre as suas dependências externas e debilidades internas, a única conclusão verdadeiramente consistente, tomada por analistas dos trabalhos, é que não pode adiar-se a transformação das vagas promessas de Copenhaga " em algo que seja real, mensurável e verificável" a tempo. Tudo porque a única coisa que podemos fazer com o tempo é não o perder.
in: DN
Copenhaga: ambientalistas acusam acordo climático de ser falsa partida
O Acordo de Copenhaga é uma falsa partida, um fracasso histórico, ignora a Ciência e guia-se por interesses nacionais, afirmam as organizações ambientalistas. Clique para ler mais sobre a Cimeira de Copenhaga.
O acordo alcançado na Cimeira de Copenhaga "é uma falsa partida, está longe de ser justo e vinculativo e tem muitas lacunas", afirma hoje em comunicado a Quercus, a única organização ambientalista portuguesa que participou na conferência.
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O financiamento acordado, uma das questões decisivas das negociações da ONU, "representa menos do que os subsídios dos países às indústrias de combustíveis fósseis", prossegue o comunicado, que acusa os líderes mundiais de terem ignorado a Ciência e de se terem guiado principalmente por interesses nacionais.
"Na melhor das hipóteses estamos agora confrontados com um atraso mortal", que significa "uma tragédia desnecessária para milhões de famílias" dos países em desenvolvimento mais pobres. A Quercus defende que os líderes mundiais precisam de repensar este acordo e resolver os assuntos pendentes antes de Junho de 2010. E considera fundamental que a UE se comprometa de forma unilateral com uma redução de 20% a 40% das suas emissões entre 1990 e 2020, "dado que a recessão económica reduziu significativamente os custos das medidas associadas".
Além disso, a UE deveria assegurar desde já uma segunda fase do Protocolo de Quioto para depois de 2012. Recorde-se que esta segunda fase está prevista no tratado, assinado em 1997.
Amigos da Terra: "desastre para os mais pobres do Mundo" O presidente da organização internacional Amigos da Terra, Nnimmo Bassey, diz por sua vez que o Acordo de Copenhaga "é um desastre para as pessoas mais pobres do Mundo" e um "falhanço abjecto" das negociações climáticas.
O dirigente ambientalista acrescenta que está "desgostoso pelo fracasso histórico dos países ricos em se comprometerem numa redução das emissões de CO2 que eles sabem ser necessárias, em especial os EUA".
Ricken Patel, director da Avaaz.org, acusa os EUA e a China de serem os culpados do resultado da Cimeira de Copenhaga. "Embora os dois países tenham algumas diferenças, partilham a mesma determinação em produzir um acordo fraco".
Este acordo "representa o colapso dos esforços internacionais para se assinar um tratado global vinculativo que possa travar as alterações climáticas catastróficas", conclui o dirigente ambientalista.
Um tratado legalmente vinculativo que os líderes políticos adiaram para o final de 2010, destaca também a Oxfam International.
in: Expresso 19-12-2009
Clima: Próximos 40 anos são cruciais para evitar o pior
Um estudo da Academia Americana de Ciências conclui que até 2050 será preciso reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para evitar um ponto de não retorno a longo prazo.
Os responsáveis governamentais devem fazer tudo o que puderem para nos próximos 40 anos, para evitar um ponto de não retorno a longo prazo, conclui a Academia Americana de Ciências.
Os investigadores examinaram, com a ajuda de um modelo informático, a forma como diferentes níveis de emissões de gases poluentes em 2050 podem impedir o objectivo de limitar o aumento da temperatura a dois ou três graus acima dos valores da era pré-industrial.
Na cimeira sobre o clima que as Nações Unidas organizaram em Copenhaga, em Dezembro, os países celebraram um acordo mínimo, sublinhando a necessidade de limitar o aumento da temperatura do planeta para dois graus, deixando por definir as formas de cumprir este objectivo.
Dois cenários projectados
O estudo, publicado na segunda-feira, define os níveis críticos que, caso sejam ultrapassados em 2050, não vão permitir o cumprimento dos objectivos de variação máxima de temperatura no final do século, com as tecnologias energéticas actuais.
Um dos cenários equacionados foi o da continuidade sem uma verdadeira política ambiental, que mostra que é preciso reduzir as emissões poluentes em cerca de 20% em relação aos níveis de 2000.
Num segundo cenário, em que a procura de energia e de terras de cultivo aumentaria muito rapidamente, conclui-se que a redução de gases com efeito de estufa seria de cerca de 50%.
O estudo, realizado por investigadores norte-americanos e europeus, foi publicado com o Anuário da Academia Americana de Ciências.
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